Não pense que eu vou falar sobre os seus olhos,
já esgotados das palavras de outras...
a obviedade do azul me entedia.
E o que me mata é mais que cor:
é um modo de olhar com fome,
que está escrito em todo o teu corpo.
domingo, agosto 25, 2013
terça-feira, agosto 20, 2013
Good Friday
O que? Se eu estou escrevendo? É claro que não estou escrevendo.
Minha cama parece uma cena de crime.
Um cheiro de tudo que
descaracteriza travesseiros e lençóis.
Manchas de vinho, de blues,
fumaça de cigarro,
e um quente de mãos que parecem
nunca ter deixado meu corpo
deito como se fosse ninho,
mas, de cobras.
a gata eriçada, fareja um medo que ainda perdura...
temo que o quarto tenha enfim, se tornado covil.
Mas deste arrepio involuntário,
respiro fundo e devoro
cada pedaço, farelo, resto, sombra.
dois dedos de vinho que sobraram naquela garrafa,
uma menina sem graça,
que mora dentro de mim,
e espera, ansiosamente,
a próxima boa sexta-feira.
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