segunda-feira, julho 31, 2006

Saudades de ti
Das tuas mãos em meus peitos
De como me envolve toda e preenche o vazio do meu corpo
Quando teu beijo se cala e tua boca se distancia
Procuro em vão na minha cama o abraço que acende meu fogo
Seus braços não estão lá
Por onde andam seus braços e em que abraços estão?
Não estão comigo e os imagino no silêncio da noite.
Procuro sua boca e beijo o travesseiro
Ela não está no meu corpo, nem em meus seios
Por onde anda essa boca que me encheu de prazer numa noite dessas?

sexta-feira, julho 28, 2006

Enquete: O que é o amor?

MEDUSA: O amor é uma flor que despencou.
MULHER MARAVILHA: O amor é uma flor roxa, que nasce no coração dos trouxas.
SCARLETT: Amor de cu é rola!
LEILA DINIZ: O nosso amor é liiiiiiiiinnnnnndoooooo!!!!
LADI DI: Se é amor, tem desencontro.
MADONNA: Amor, se é pra ter essa merda, que sejam logo 5, um pra cada buraco e 2 pra ocupar minhas mãos.

domingo, julho 23, 2006

pra recomeçar

É difícil ver as coisas que fomos construindo tão cuidadosamente desabarem de uma vez na nossa frente. Nessas horas percebemos como são frágeis nossas ilusões, como são frágeis nossos sentimentos, como somos nós, tão frágeis...

É difícil se desapegar, deixar pra trás e se lançar ao novo, com coragem, deixando o que passou na memória, como uma boa lembrança, uma saudade, bem aproveitada até o final.

Para conseguir seguir adiante, destruímos o momento. Destruímos a felicidade. Fazemos aquilo que tanto amamos se tornar um inferno – assim podemos ir, sem culpa, sem medo, sem a dor que a perda traz...

Negamos o que sentimos. Negamos tudo que nos fez sentir bestas e felizes durante esses tempos, inventando as desculpas mais idiotas pra isso.

Destroçar o que estava passando pode funcionar momentaneamente, aliviar a ansiedade, solucionar o problema a curto prazo. Esse mecanismo nos faz ter forças pra encarar a novidade e se desprender do que era maravilhoso... transformando esse maravilhoso num troço horrível.

O ruim é depois parar, olhar pra trás e se arrepender imensamente de não ter curtido essa felicidade até a hora que dava. De perceber que tudo foi jogado no lixo sem razões, precipitadamente, só por medo, por não conseguirmos viver sem nos apegar demais aos momentos que amamos.

Será que não há outras soluções?

segunda-feira, julho 17, 2006

Incompleto

Sinto que foi completo,
Que não devemos nada um ao outro.
Porque nunca tivemos a intenção de cobrar, ou pagar.
Sinto agora a velocidade, o tempo, a distância.
Minha vontade é voltar atrás, mas...
Está perfeito. Não quero mudar nada.
Temos até uma despedida triste.
Como se fosse errado cada um seguir seu caminho.
Temos diferentes desejos, que conflitam,
mas não caminhos.
São também os tempos, diferentes:
desejo sua presença e, também, a sua ausência agora.
Pra mim não há depois.
Talvez porque eu ainda não acredite no seu amor.
Talvez, por ainda não acreditar no meu.
Mas foi uma bonita história.
Que, espero, não tenha esse fim, completo.
Sinto que quero recomeçar,
em outros tempos, outros caminhos, outros desejos por você.

terça-feira, julho 04, 2006

Minha Despedida Momentânea


Estou indo embora. Deixando pra trás objetos de minha memória que ajudaram a me fazer como sou. Já passei por isso antes.
Doeu cada lembrançazinha. Doeu saber que elas continuavam lá, mas estavam mudando (como meus amigos, que tanto cresceram e se tornaram outras pessoas).
Ou saber que elas já não estavam mais lá (como a minha avó...).
Doeu ver que as árvores cresceram ou foram cortadas. Doeu ver que a casa mudou, que as pessoas se mudaram. Que os gatos morreram ou fugiram.

Doeu também a minha mudança, meu novo ser, todo diferente de antes – mas tão semelhante. Doeu conhecer novas pessoas, doeu começar a amar este outro lugar, que não era meu, não era eu.
Mas agora é.
E agora? Como me despeço dessa parte de mim, novamente?
Como digo adeus ao meu trabalho, aos meus amigos queridos, ao meu amor, às minhas praias, ao meu céu azul? Minha cidade?

Meu desenvolvimento profissional, minhas conversas de boteco, meus corações partidos, meus cafés de fim de tarde com as comadres, minhas caçadas noturnas nas baladas, minha vida de agora...
Estou me despedindo de mim mesma? Ou me levo junto comigo?
Que parte de mim fica? Que parte de mim vai?
Acho que deixo saudades... levo lembranças...
E, ao invés de dizer adeus, digo até mais.
E sinto a falta...


sábado, julho 01, 2006

o inferno para os outros...

Eu queria dar liberdade. Toda do mundo. Pra que a pessoa que estivesse comigo pudesse escolher, sempre, se queria estar comigo.

E por isso o “não ao namoro”.

Não queria amarrar ninguém... queria que quem estivesse comigo o fizesse porque queria... porque me desejava... sem motivos e, sempre.

Mas, quando a minha paixão escolhe outra...

Nossa... começo a entender porque as pessoas se amarram, se atam, se prendem como se não houvesse amanhã...

Porque dói demais... não ser a escolha do outro...

Mesmo assim, é a escolha certa.

E eu escolho ficar comigo.

E desejo o inferno pro outro. E ponto.