quarta-feira, abril 15, 2009

Parabéns para a Ana...

Pelo fogo, pela incoerência...

Pela razão, completamente insensata.

Parabéns pela paixão, pelo modo como respira, forte, fundo, sempre, sem perder o fôlego.


Pelos tombos, pela decisão!

Mesmo pela errada!


Parabéns pela idade, e pela falta dela.


Parabéns pela impaciência e, devido a esta,

parabéns por engolir a vida sem mastigar muito.

Que não tem graça viver de “bocadinhos”...


Parabéns pela força, que, às vezes dá até medo!


Pelo olhar perdido na madrugada,

feito gato que não pede pra levar pra casa nem fodendo!

mas que daria tudo por um bom colo...


Parabéns pela familiaridade com as coisas mais bizarras...

E por se chocar com as mais ordinárias.

Por se doar por completo... só pra variar.


E por fechar os olhos quando é preciso.


Parabéns por ser.

Quem se é. E não se explicar.

Nem a si mesma.



Parabéns doida... que as estrelas te iluminem sempre.

Mari

sexta-feira, abril 03, 2009

Carol, Carol, Carol...



Carol!

Ta passando Cazuza gata! O filme, sabe? E, como ele diria, “o meu prazer, agora é risco de vida”, passando desse jeito descuidado, segunda à noite na rede globo...

Acho que nunca gostei tanto na vida assistir filme junto. Assim: no cinema, e toda aquela imagem enxaguando meus olhos.

Caralho, como se chora, como se dói ali no escuro...

Eu apertava sua mão? – não lembro.

Precisou sabe? Esse filme... pra voltar lá atrás de tanta coisa e te lembrar sem tanto engodo...

baixando minha metralhadora cheia de mágoas...

Eu cresci de um jeito estranho.

Quanto mais tempo, mais duros os ombros, mais amargo o gosto na língua, mais ratos na piscina.

E quando todo mundo se resolve, demoram séculos para cair a minha ficha e te lembrar, os olhinhos verdes e encantados, sem medo, sem receios...

Ficaram tantos receios...

depois de muitas horas lhe falo sem escudos...

aqui. Hoje.

Os filmes doloridos são aqueles em que encontramos as supostas idealizações de vida que nos pertencem... era pra ser Cazuza... era pra eu ser Cazuza.

(do Cazuza... é uma inveja dos poucos segundos em que alguém se estende ao ponto de sentir tanto além do que eu sinto só para viver mais...)

Fazia tempo que não precisava de você perto.

Ando precisando, agora, que você está tão longe.

E nem digo da distância de chão... digo da distância de nós.

Quebrou uma coisa por dentro... invento desculpas, provoco uma briga, digo que não estou.

Eu te sorri amarelo, te abracei sem tesão...

agora chega.

Eu sei que o tempo não pára... e o que resta é sentir saudade. Tou sentindo a tua...


Encontramos abrigo no peito do nosso traidor...



Mari Brasil