E ele entrou
em greve.
Me olhou nos
olhos e disse: - assim não dá mais.
- Você rompe
todos os acordos.
- eles nem dizem
respeito a mim, mas a você.
Ele sabe, só
formou três frases com o que eu também já sabia (só não ousava formular a
pergunta, que nem diz respeito a nós).
(mas a desatar,
ou não)
A rota cotidiana
já passou.
E fica: eu quero
ficar ou (part)ir?
E como não
poderia ser mais irônico,
no meio da
escassez de combustível,
Eu tenho que me
perguntar se quero sair do lugar…
Eu que ando passos
de tartaruga,
Nessa coisa de
ir,
Porque indo,
algo tem que ficar,
Nem que seja a
paisagem.
E eu que estava
só passando,
Recebi essa notificação
de desvio…
Coisa que eu
sempre ignoro.
Prefiro ficar
parada,
Até meio
estagnada,
Nessa minha
própria lentidão de andar a pé.
Esperando um
sinal,
abrir.
E quando, eu
avanço devagar,
Fico divagando
pelo asfalto,
Tenho medo de velocidade,
Mas tenho ido
longe.
Agora basta
saber,
Se vou só.
Não sei se caso, ou compro
uma harley.