segunda-feira, outubro 13, 2008

Asas


Ouçam outra língua
Que cansa de desconfiar dos tímidos risos.

Os dentes que se estralam
no encontro da mordida
são supridos
de mini-almofadinhas de sabor
provenientes das cozinhanças da vida,

dos estranhismos que se cruzam
entre alecrim e manjericão.

Portanto, não correm, não ficam, não morrem.

No intervalo do céu com a terra
pousam e revoam
as irregularidades de se fazer tremer:

bicicletas aladas que perfazem os caminhos duros, sem que se faça necessário tocar o chão...

me beijam agora e, neste segundo, são a minha caixa de morangos...





Mari Brasil

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