Hoje, comece tudo ao contrário,
Pra todo efeito, comece não celebrando,
comece chorando!
Saia andando pela rua à toa, chute o cachorro, reclame do trânsito, feche a cara.
É essa cara sisuda mesmo que se expõe,
Abre o rosto de desdém,
Abre o gosto de xingar,
choramingar, injuriar, reclamar!
Vai!
É que é símbolo: não é de comemorar!
É de guardar hoje cada mágoa numa caixinha.
Engolir os sapos de vez! Mas, mastigando desta vez!
Sentindo o gostinho amargo espalhando nas gengivas...
Hoje não é esquecer... mas deixar de lado...
(Deixa! Desprende! Solta! Vai!)
É enterrar os ratos, e não seguir alimentando-os.
Hoje é dia de morte, não de acrescentar mais um ano!
É de jogar pra cima os planos!
Hoje guarda despeito,
pega essa dor e transforma,
que o que cria disso é câncer, travestido de desilusão.
Quebra todas elas! Que ilusão se constrói de novo - é reciclável...
É de plástico... você sabe...
Hoje abre o peito para o medo, sente cada gota,
Deixa que essa merda te invada toda, aproveite! Porque...
hoje é o dia, em que tudo acaba.
Você está é cansada... bem se vê.
Então pára. Olha ao redor, olha o espelho.
Olha, que essa sua imagem te diz de mil formas.
E você anda escolhendo só uma!
Que desperdício de alma! Desperdício de tempo que,
se bem lembro, não temos muito!
Então pára. Porque como eu já disse,
hoje é dia de morte, não de acrescentar mais tempo!
Chega de adicionar as dores! Ver o bolo crescer e ficar remoendo, re-peneirando o trigo!
Ta na hora de começar de novo, do zero.
É hoje que você se encerra.
Fecha.
Chega.
Deu.
Pra todo efeito, comece não celebrando,
comece chorando!
Saia andando pela rua à toa, chute o cachorro, reclame do trânsito, feche a cara.
É essa cara sisuda mesmo que se expõe,
Abre o rosto de desdém,
Abre o gosto de xingar,
choramingar, injuriar, reclamar!
Vai!
É que é símbolo: não é de comemorar!
É de guardar hoje cada mágoa numa caixinha.
Engolir os sapos de vez! Mas, mastigando desta vez!
Sentindo o gostinho amargo espalhando nas gengivas...
Hoje não é esquecer... mas deixar de lado...
(Deixa! Desprende! Solta! Vai!)
É enterrar os ratos, e não seguir alimentando-os.
Hoje é dia de morte, não de acrescentar mais um ano!
É de jogar pra cima os planos!
Hoje guarda despeito,
pega essa dor e transforma,
que o que cria disso é câncer, travestido de desilusão.
Quebra todas elas! Que ilusão se constrói de novo - é reciclável...
É de plástico... você sabe...
Hoje abre o peito para o medo, sente cada gota,
Deixa que essa merda te invada toda, aproveite! Porque...
hoje é o dia, em que tudo acaba.
Você está é cansada... bem se vê.
Então pára. Olha ao redor, olha o espelho.
Olha, que essa sua imagem te diz de mil formas.
E você anda escolhendo só uma!
Que desperdício de alma! Desperdício de tempo que,
se bem lembro, não temos muito!
Então pára. Porque como eu já disse,
hoje é dia de morte, não de acrescentar mais tempo!
Chega de adicionar as dores! Ver o bolo crescer e ficar remoendo, re-peneirando o trigo!
Ta na hora de começar de novo, do zero.
É hoje que você se encerra.
Fecha.
Chega.
Deu.
A partir de amanhã, celebrará, todos os dias, o seu desaniversário.
Todos os dias, deixar de lado...
Não engolir mais nada seco!
Sair à rua para sambar,
Sair para amar, porra!
Sair pra chorar também, mas de peito aberto...
De peito aberto,
é reconhecer, nos ponteiros do relógio,
aquele minuto que fez o dia valer a pena...
Aquele minuto está lá, esteve lá o tempo todo!
Ele é feito de se olhar no espelho e enxergar todas as outras...
Então, escolha libertá-las,
Escolha libertar-se,
Que no medo desta escolha reside o que de mais belo há:
Você mesma.
Para a minha amiga Medusa,
porque essa vagaba anda precisando...
"estar diferente"
Mari Brasil
3 comentários:
Só o que posso dizer é "pirilimpitacos"... ah se todos tivessem uma amiga assim tão entendida de alma... valeu Ma... te amo muito minha amiga!
LINDO o texto!! Um presente de aniversário!!!
E o vídeo?? a cara da Medusa!! Até o jeitinho da menina dançar lembra ela....
Vcs são maaaaaaravilhosas!!!
Caceta!
Muito bom o texto
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