domingo, junho 07, 2009

rasgo

Eu almoço a tua indiferença.

Ela vem comigo pela semana e amplia as horas dos meus dias.

Às vezes, creio que amo só para não ser correspondida.

E pingar as lágrimas aqui, no papel.

E as letras são, cada uma, um rasgo.

Cada uma, um passo,

em direção a este universo que vai ficando,

pequeno, pequeno, pequeno...

Às vezes eu me afasto.

Tomo distância para olhar.

Porque essas coisas são tão sedutoras, quando se está dentro delas.

E como eu me importo, ah, como me importo, quando estou aí dentro.

O que desejo de você é que sinta.

Quando o oposto é o que se concretiza.

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