Depois de
todas as palavras já terem sido escritas,
todas as
combinações entre elas,
você me
oferece esse prato de arroz
Mas quase
nada restou pra descrever a fome
constantemente
alimentada
de uma
poeta já sem letras
então eu
aceno quando você passa,
e eu sei
que o gesto é sobra
mas é
como posso dizer do vento que me flutua
E a cada
olhada, destes seus verdes,
os meus
transbordam
sentindo
saudades das palavras com as quais queria contar
na
intimidade com elas,
de mim e
de você,
no
momento em que os nossos pés deixam de tocar o chão
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