Chega de inventar a saudade! Foi a frase que leu em um artigo de revista.
Inventar foi algo que fez muito na vida...inventou uma
mudança de cidade, um novo amor, um casamento, uma nova paixão, uma separação,
um amor sem fim, um homem, uma decepção, nova separação, inventou um silêncio,
um recolhimento, um rompimento. Tudo inventado. O que não é?
Agora se dedicava meticulosamente a inventar a liberdade, a
superação, o fim da tristeza, uma nova vida. Inventava um horizonte diferente,
inventava uma solidão vivida com vontade, com prazer, com carinho. Era preciso
mesmo inventar um jeito de se pensar como mulher, como alguém independente,
bonita, sensual. Era hora de reinventar o viver.
Como se estivesse acordando de um coma, reinventa uma nova
forma de estar no mundo.
Não, não é um ponto de partida, é sim um ponto de chegada.
Estar no seu lugar de um jeito novo. Estar em casa. Estar acolhida, pela
primeira em vez, em si. Satisfeita de ser.
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