Hoje, nesse relance flutuante... te encontrei ao acaso. Não tanto ao acaso, quanto caso. Espiei o lugar e entrei. Imaginei que não era você lá. Mas, era. E beijei seu rosto como se de um conhecido desimportante. Senti seu rosto o de um conhecido. Quando sentia, antes, um completo desconhecido, que me assombrava e me desnudava e me apaixonava.
Vejo você caminhando na rua e penso em sorrir, dar um "tchau". Como qualquer outro ser que caminha o meu caminho oposto. Ensaio o abanar de mãos e me calo. Entalada. Não entendo seus desapegos. Nem pretendo, mais, entendê-los. Mas, respeito. E, de longe, curto uma saudade infantil, que na verdade, nem existe mais.
É saudade da saudade...
Me aquieto por aí. Tento não transcender o teu espaço. E sinto falta do meu, que estava construindo ao seu lado. Acabei perdendo esse espaço no meio de toda aquela confusão. Mas...
Agora eu moro aqui. E você também.
Em que lugar começa a minha casa e termina a tua?
Onde eu ando e você me escapa, parece o lugar certo. Errado mesmo é onde eu ando e você teima em aparecer!
Espaço onde eu não encontro mais o meu caminho pra casinha de cerca branca, com uma cachorra Bonita me esperando na porta.
Aquele bar é meu. O teu era outro. Por que você vai lá?
Parece que vamos acabar nos encontrando mais vezes. Parece também bobo, pensar sobre o que fazer nestas vezes. Mas eu penso, em todas elas.
E me vem à cabeça um mapa mundi dividido: meus territórios pra cá... seus territórios pra lá...
Para continuarmos travando essa guerra fria.
Porque o certo mesmo, seria não te encontrar mais. Mesmo porque, já não é mais você.
É a saudade da saudade...
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