Contagem regressiva é o caralho! A minha é progressiva: em segundos eu serei uma menininha de 28 anos nas costas, muito largas, sustentadas, diga-se de passagem, por um belo par de pernas.
28 e algumas constatações relevantes: A mesma poesia que choro, alegra minhas idas e vindas nesse tragicômico que chamamos de cotidiano.
Ela poderia ser mais bem escrita. Poderia ser mais lida. Poderia...
28 e... professora! Me pergunto do que se tratam essas aulas que teimo em continuar “ministrando”, quando não acredito que deva convencer alguém, mas, pelo contrário, que se convençam de que estou errada e que me ensinem as outras coisas que possam me ajudar a dar maior sentido à vida. Me ensinem mais graça...
28 e... hehehe... o que procuro é muito mais graça...
28 e, anteontem, ou sei lá quando, fui ao shopping com uma amiga para comprar sapatos. Aquele monte de gente se aglomerando ao redor das vitrines faz com que eu perca momentaneamente a capacidade de me encantar com o mundo. Nessas horas eu penso no que o meu amor por você significa e ele poderia ficar pequeno e feio.
Ele é uma tentativa de a gente se sentir especial no meio de tanta, tanta gente igual. É uma tentativa de se sentir diferente e único, mesmo que seja só para uma outra pessoa nesse mundo inteiro, mesmo que seja lá longe. Ele é necessário... e eu não amo as coisas necessárias.
Mas eu amo você.
E música.
28 e um doutorado nada a ver, num programa de pós-graduação nada a ver, com professores que pensam coisas que eu acho nada a ver, para me ajudar a alcançar o posto de... acadêmica!
Bah... nada a ver...
Nenhuma ciência me explica a vida melhor do que Drummond. E nenhuma explica o que sinto quando o Freddie Mercury desafina cantando Under Pressure como se não houvesse amanhã...
28 anos e 14 com você. Metade da minha vida com você, companheiro! Acho que estou enjoando do seu cheiro... não rola mais um clima, sabe?
28 e a gente não chega junto aos 29. É uma promessa. Para mim.
28 e... por falar nisso, as paixonites continuam infantis: 23, 22, 21 anos. Ainda cedendo a poesias e musiquinhas cuspidas, em troca de um convite para o meu corpo. Quando eu gostaria que visitassem, muito, mas muito mais, tudo que eu amo no mundo... e que amassem. Junto.
Talvez eu devesse deixar isso mais claro... 28 e não consigo deixar nada muito claro...
28 e meus sonhos de infância me assombram todos os dias: o que não vivi, o que não amei, o que não sofri... desejo tudo aqui e agora. Quando eu era criança sabia o que precisava para ser feliz. E dizem que a gente amadurece quando cresce...
28 e estou ingressando num novo esporte: corrida com barreiras. Hein? Você não sabia que isso existia? É, nem eu... mas, parece divertido ver os tombos dos outros...
28 e meu plano para o futuro é virar cantora de rock ‘n roll, escritora de crônicas sarcásticas e cozinheira. Morar numa casa cheia de gatos, com uma árvore muito alta, de onde penda um galho onde eu possa pendurar um balanço de madeira. Para ir e vir todos os dias, junto com as minhas epifanias!
28 e acho que vou montar minha primeira banda! Finalmente!
28 e nada definido: nem carreira, nem família, nem, sei lá mais o quê que se define ao chegar nessa idade. Eu defino, no máximo, o bar onde vou surtar no próximo sábado... quem sabe uma sinuca na quinta...
28 e olho as roupas que umas amigas usam para ir ao trabalho e reconheço a minha mãe, quando eu era pequena e ela ia ao trabalho. Fala sério! Ninguém merece usar roupas dos anos 80! Só faltam as ombreiras! Se, para eu ter uma carreira estável, tiver que me vestir assim, tou fudida...
Mas, pensando melhor... 28 e acho que eu não quero uma carreira estável...
28 e uma saudade do mar que me aperta de tanta secura! 28 e esse arrependimento doído: saudades, saudades, desse outro mundo que deixei na ilha... onde eu estava com a cabeça aos 26, quando decidi vir pra cá?
28 e algumas constatações relevantes: A mesma poesia que choro, alegra minhas idas e vindas nesse tragicômico que chamamos de cotidiano.
Ela poderia ser mais bem escrita. Poderia ser mais lida. Poderia...
28 e... professora! Me pergunto do que se tratam essas aulas que teimo em continuar “ministrando”, quando não acredito que deva convencer alguém, mas, pelo contrário, que se convençam de que estou errada e que me ensinem as outras coisas que possam me ajudar a dar maior sentido à vida. Me ensinem mais graça...
28 e... hehehe... o que procuro é muito mais graça...
28 e, anteontem, ou sei lá quando, fui ao shopping com uma amiga para comprar sapatos. Aquele monte de gente se aglomerando ao redor das vitrines faz com que eu perca momentaneamente a capacidade de me encantar com o mundo. Nessas horas eu penso no que o meu amor por você significa e ele poderia ficar pequeno e feio.
Ele é uma tentativa de a gente se sentir especial no meio de tanta, tanta gente igual. É uma tentativa de se sentir diferente e único, mesmo que seja só para uma outra pessoa nesse mundo inteiro, mesmo que seja lá longe. Ele é necessário... e eu não amo as coisas necessárias.
Mas eu amo você.
E música.
28 e um doutorado nada a ver, num programa de pós-graduação nada a ver, com professores que pensam coisas que eu acho nada a ver, para me ajudar a alcançar o posto de... acadêmica!
Bah... nada a ver...
Nenhuma ciência me explica a vida melhor do que Drummond. E nenhuma explica o que sinto quando o Freddie Mercury desafina cantando Under Pressure como se não houvesse amanhã...
28 anos e 14 com você. Metade da minha vida com você, companheiro! Acho que estou enjoando do seu cheiro... não rola mais um clima, sabe?
28 e a gente não chega junto aos 29. É uma promessa. Para mim.
28 e... por falar nisso, as paixonites continuam infantis: 23, 22, 21 anos. Ainda cedendo a poesias e musiquinhas cuspidas, em troca de um convite para o meu corpo. Quando eu gostaria que visitassem, muito, mas muito mais, tudo que eu amo no mundo... e que amassem. Junto.
Talvez eu devesse deixar isso mais claro... 28 e não consigo deixar nada muito claro...
28 e meus sonhos de infância me assombram todos os dias: o que não vivi, o que não amei, o que não sofri... desejo tudo aqui e agora. Quando eu era criança sabia o que precisava para ser feliz. E dizem que a gente amadurece quando cresce...
28 e estou ingressando num novo esporte: corrida com barreiras. Hein? Você não sabia que isso existia? É, nem eu... mas, parece divertido ver os tombos dos outros...
28 e meu plano para o futuro é virar cantora de rock ‘n roll, escritora de crônicas sarcásticas e cozinheira. Morar numa casa cheia de gatos, com uma árvore muito alta, de onde penda um galho onde eu possa pendurar um balanço de madeira. Para ir e vir todos os dias, junto com as minhas epifanias!
28 e acho que vou montar minha primeira banda! Finalmente!
28 e nada definido: nem carreira, nem família, nem, sei lá mais o quê que se define ao chegar nessa idade. Eu defino, no máximo, o bar onde vou surtar no próximo sábado... quem sabe uma sinuca na quinta...
28 e olho as roupas que umas amigas usam para ir ao trabalho e reconheço a minha mãe, quando eu era pequena e ela ia ao trabalho. Fala sério! Ninguém merece usar roupas dos anos 80! Só faltam as ombreiras! Se, para eu ter uma carreira estável, tiver que me vestir assim, tou fudida...
Mas, pensando melhor... 28 e acho que eu não quero uma carreira estável...
28 e uma saudade do mar que me aperta de tanta secura! 28 e esse arrependimento doído: saudades, saudades, desse outro mundo que deixei na ilha... onde eu estava com a cabeça aos 26, quando decidi vir pra cá?
28 e andam me dizendo que eu deveria cortar as mini-saias. E eu me pergunto se não vou ser presa por sair na rua com a bunda de fora. Cortar mais???? Tsc, tsc! 28 e o mundo está ficando moderno demais pra mim...
3 comentários:
Você esqueceu de umas coisinhas...28 e se tornou a pessoa que faz muita falta em qualquer roda de amigos, tardes de amigas, papos de iega...
28 e você está (como todas nós), na metade de um caminho pra um lugar que ninguém sabe onde vai dar, mas que por seu teu será único e brilhante...
28 e ainda é a amiga pra falar tudo, mesmo em sinais de fumaça (rsrsr), e às vezes ouvir o que não esperava, dito com muito amor e carinho...a amiga que diz "se joga", quando vê que está faltando coragem e que dá puxões de orelha com um "peraí, gata, não é bem assim", quando vê que estamos a ponto de sufocar nas próprias babozeiras.Três em uma como eu já disse uma vez...saudade de vocês. rsrs Feliz dia! beijos
Só mais uma:
28 e muito mais linda que aos 18! E olha que eu lembro... hahahahaha
Olha desgraça... n esquenta a cabeça pq aos 50 vc ainda n vai saber porra nenhuma e vai ficar se pergutando das escolhas que fez e das que n fez. Vai continuar amando como adolescente, mas ao mesmo tempo com um tipinho de amor mais sem graça pq vc já sabe que aquela paixão toda é uma birutice inventada... 28, 30, 40? que importa? somos as mesmas e queremos usar saia curta, falar bosta, fazer escolhas erradas, pular de para-quedas, voar.... o que importa não é a soma dos anos, mas a soma daquilo que vc viveu de bom...(de ruím e de trágico) Te conheço loka, com 40 ou 45 (80) talvez tu vai continuar pegando criancinha... Desculpa, mas mini-saia é sacanagem nessa idade pq ninguém merece ver pelanca e varizes...rs. Ai... ai... pq a idade nos faz fazer tantas perguntas, pq o ano novo nos faz prometer que vamos mudar coisas, mexer nas coisas, mexer em nós, mudar o mundo, criar vergonha, ficar careta, ou endoidar de vez? A vida como eu já disse um dia "é um amontoado de merda uma em cima da outra" (ou de côco hehehhehe). Gostei do texto, mas n cabe na tua essência. Vc é o que é... com 20, 30, 40, 1000 anos. Relaxa, pq como diz minha avó "o importante é ter saúde". E tem mais, eu tenho 34, acho que se mudar de país mudo a minha vida, que um doutorado vai fazer com que eu me sinta menos burra, vivo de passado, noto umas rugas no canto da boca, tenho uma raiva incontida, vontade de escalar o Everest, quem sabe ir até o chile a pé, sonho com filhos e família feliz (mesmo n acreditanto nisso)... Fantasias... desejos, crenças, medos, angústias, sonhos, esperança, descrença... tudo isso pode caber em nós (a idade é o de menos). E tem mais, pensa que com 70 ( se a gente fumar e beber menos) podemos ir para um asilo, dançar no baile de domingo (de mini-saia até... pq já tá todo mundo meio doido mesmo), jogar baralho, tomar bainho de assento hahahahhaha pegar uns velhinhos mais novos (quem sabe com restos de potência). Ao invés de ir pro asilo podemos comprar um apartamento em balneário camburiú... lugar dos aposentados e dar um mergulhinho naquela praia cheia de bicho do pé e outras coisitas.... sei lá, viajei... já to imaginando (imagina eu velha reclamando pra todo mundo das coisas?) hehehehe Engraçado... gostaria de chegar lá! Abraços
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