quinta-feira, fevereiro 21, 2008

Peito


Cerquei-os de flores,
Estes dois seios não muito percebidos,
pouco tocados, pouco olhados.

E, empinados para frente,
fazendo vez de armaduras invisíveis:
Pára tudo, no peito!

E, para todos, o peito:
aberto e exposto,
às idas e vindas do tempo

No regaço, um abraço,
Acomodando toda a tristeza alheia,
dores de saudades...

Carregando, no bico,
uma criança, uma dança...
Num suave respirar.

Infla o peito e segue...
Quando o que se sente é cansaço,
ele a empurra para um pouco mais adiante

E quando o que se sente é medo,
inspira e se esconde,
Atrás de um par de seios.

Um toque, no colo,
E um suspiro intumescido
Projeta-a para amar

Um canto forte, vem do peito:
Chamado selvagem
De voz feminina.

Entre estes dois seios,
Pulsa uma alma de mulher.
Mas não se preocupe: ela ocupa um corpo inteiro.

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