Olha, é muita coisa, então não sei se vai dar pra botar tudo aqui, viu? Resultados de minhas conversas com Rê, conhecida aqui do blog. O fato é que ta todo mundo louco... mulheres, homens, seres humanos em geral. Na verdade, acho que animais em geral, pois a minha cadelinha também está no meio de uma crise de identidade.
Tem uma galera dizendo por aí que eu e a Rê somos muito masculinas. Obviamente, esta galera é, em sua maioria, composta por indivíduos meninos. E por que somos masculinas? Em suas palavras:
- Ah, vocês não deixam os homens serem homens. Vocês não deixam a gente seduzir vocês, conquistar. Quando estamos com vocês, temos medo de comprar flores e recebe-las de volta jogadas na cara! Ou ver caixas de bombons atiradas na rua. A gente não pode mais nem pagar a conta! Vocês vêm pra cima com tudo. Não dá nem pra gente tentar nada...
E... Blá, blá blá!
E... Nhé, nhé, nhé.
Meu, querem saber do que mais? Vocês estão é precisando dar a bunda, caras!
Eu vou narrar as minhas duas últimas semanas, e quero saber quem são as pessoas que não estão agindo coerentemente nessa história...
Vou a uma festinha na sexta. E tem um moço bem bonito lá. Eu olho pra ele. Ele olha pra mim. A festa passa. A festa é na casa dele. Ele vem falar comigo?
NÃO!
Ele vem perguntar meu nome?
NÃO!
Ele vem me dar um beijo na boca, me tirar para dançar, qualquer coisa?
NÃO!
Beleza. No final da festa, eu, na porta, indo embora: ele vem. O que ele me diz?
“Ah gata, você já está cansada? (o detalhe é que são seis da manhã) Fica aqui. Não vai não. Fica aqui comigo.”
Cara, eu não sei nem o nome do sujeito. Eu não o beijei na boca, para saber se rola aquele “choquinho” que permite, ou não, aos indivíduos uma boa trepada. Eu nem tinha ouvido a voz dele, até aquele momento... eu iria ficar na casa de um cara, sem carona, na PQP, sem ter nenhum indício de que seria legal ficar ali??
CARALHO! Eu não sou boneca inflável!
E olha que eu não sou careta, mas assim também não dá!
Na quinta retrasada, saio para um bar com amigos. E chegam os amigos dos amigos. Um bem bonitinho, na verdade. Após o bar, eles nos convidam para irmos a casa deles. Nós vamos. O cara bonitinho até me olha, mas não passa disso. Não puxa papo, não conversa, nada. Quando estamos na porta, indo embora, ele me chama de canto e diz “se eu fosse você ficava aqui”.
CARALHO! Eu não sou boneca inflável!
O cara não lembrava nem meu nome! E já vem com essas de ficar na casa dele! Que saco isso! É não haver nenhum interesse, em absoluto na minha pessoa, apenas na minha boceta! Que saco! E como é que eles podem se interessar tanto por uma “provável boceta”? Porque não fazem nem idéia de como ela é, na real! É uma tara por um buraco qualquer! Comprem uma boneca inflável! Um pote de maionese, copinhos de plástico, qualquer coisa...
Vejam que é bastante diferente de uma outra situação, também estranha: um ex-caso que veio aqui em casa, dizendo que queria ser meu amigo... não passou da primeira noite, trepada na certa. Tudo bem! Eu não esperava menos do que isso... até tentei manter a postura de amiga, o quanto deu. Acontece que eu já conhecia aquele pau e já conhecia aquela cabeça. Mas aí... são outros 500!! Como eu já disse, eu não me incomodo de ser apenas sexo. Especialmente quando eu conheço o sexo e sei que vai ser bom!
Mas... percebam a falta de coerência... esse cara, que eu já conhecia, que eu já sabia que era apenas então somente uma trepada... vem me dizer, alguns dias depois que “não quer me magoar de novo e que é para eu não criar idéias sobre ele”.
Cara! Fala sério!!!! Ainda se ele tivesse dito que queria se casar, me mandado flores, poemas, me apresentado aos pais... aí sim, dava para se criar algum tipo de expectativa, mas... por causa de uma trepada! Se tem uma pessoa no mundo sobre quem eu não pensaria em nada, seria um cara que foi um completo babaca comigo numa história antiga e que apareceu outro dia pra dar uma! ESSE CARA não precisava me dar satisfações! E ainda assim, ELE deu! O mundo ta louco mesmo! Como é que a gente entende alguma coisa?
Para coroar minha quinzena, nessa quinta, encontramos o camarada da quinta retrasada novamente. E, novamente, acabamos indo para a casa dele após a baladinha. Não se enganem, eu achei esse cara interessante. Eu estava olhando para ele. Ele percebeu isso. E, ao invés de vir conversar comigo, passou a noite toda no meio da galera, sem me dar trela. Ok. Quando estou saindo da casa do ser, ele me puxa de canto de novo e... adivinhem!
- Volta aí depois.
NÃO DÁ!!!! Depois ainda vêm me dizer que são as mulheres que não permitem mais a sedução, que, por causa delas, tudo está completamente escrachado! Porra, eu ainda dei a chance de o maluco entender que, daquele jeito não ia rolar! E o cara faz a mesma coisa, duas vezes? O que ele pensou? Que, na semana passada eu tava menstruada? Que era só fazer a mesmíssima coisa, do mesmo jeito, sem tirar nem por, para rolar?
O que a garota sensível aqui faz? Ela tenta dar uma chance de deixar acontecer algo... sai da casa do cara e manda uma mensagem para ele, dizendo o seguinte: “eu volto, se você quiser conversar”.
O cara responde? Não!
É tipo assim: “olha, ou você vem aqui me dar essa boceta, ou eu vou dormir porque não tou com saco de te conhecer ou algo do gênero”.
Ah meu, fala sério. Me desculpem, mas não somos nós as incoerentes... não somos masculinas. Eu curto flores, bombons, whatever. Não me importo, mas, se esse é o problema, se é a dúvida dos homens: eu gosto! Aliás, quem não gosta, pô? É legal! Mas, também, como é que podemos agir diante de caras que nos vêem como buracos? Nós temos que vê-los como paus! Senão... poxa, a gente se chateia, né?
E, tudo bem, que essas duas semanas foram de experimentação... mas a conclusão foi a seguinte: o que a gente ganha quando tenta enxergar os caras de outra maneira, além de paus?
Nada! Nem mesmo, uma boa trepada...
E se isso é ser masculina, eu só lamento, mas bato o pau na mesa e não vou mais deixar de ser!