Casa na colina
O seu castelo é de areia, se desfaz com o vento, com o mar.
Se desfaz em risadas, em cócegas. Num minuto fugaz.
Seu castelo, fortaleza, morada, é você mesma e seu abraço, que pretende se lançar ao mundo, mas não te consola.
É uma subida interminável, uma fuga pra nenhum lugar.
É um beco, um boteco de esquina com um gato em cima do balcão.
É um palco que se move, aqui e pra todos os lugares, chegando a lugar nenhum, na colina.
Fora do tempo, é fora do mundo.
Cercado de jardins e plantações de mandioca, é lá no Acre e em Floripa, passa por Sampa e Maringá.
É um abraço e um amparo que o espaço vazio não fornece. Por isso a estrutura, por isso as paredes, que te envolvem até sufocar.
São os livros que te cobrem de prazer, parede de maravilhas.
É um quadro de Picasso, num muro vazio. Bailarinas dançando, mulheres na banheira, ensaios e cantos.
Batuque, berimbau e computador. Lenine.
Esse jeito alegre de ser, de se ocupar, de correr.
Andar na praia durante o pôr do sol, noites em claro. Orgulho e medo numa combinação sensual. Sem sal.
Poetisa, musa e calada. Você na escada, correndo pro banho de vento, limpando a alma, voando baixo, com medo de altura.
É muita lenha na fogueira, papel rasgado e saco plástico. É fome, é frio, é sono. É vinho.
Caindo da beirada, você se segura? Quem te segura, mulher? Quem te põe rédeas? É essa casa?
Não dá. É muita liberdade…
O seu castelo é de areia, se desfaz com o vento, com o mar.
Se desfaz em risadas, em cócegas. Num minuto fugaz.
Seu castelo, fortaleza, morada, é você mesma e seu abraço, que pretende se lançar ao mundo, mas não te consola.
É uma subida interminável, uma fuga pra nenhum lugar.
É um beco, um boteco de esquina com um gato em cima do balcão.
É um palco que se move, aqui e pra todos os lugares, chegando a lugar nenhum, na colina.
Fora do tempo, é fora do mundo.
Cercado de jardins e plantações de mandioca, é lá no Acre e em Floripa, passa por Sampa e Maringá.
É um abraço e um amparo que o espaço vazio não fornece. Por isso a estrutura, por isso as paredes, que te envolvem até sufocar.
São os livros que te cobrem de prazer, parede de maravilhas.
É um quadro de Picasso, num muro vazio. Bailarinas dançando, mulheres na banheira, ensaios e cantos.
Batuque, berimbau e computador. Lenine.
Esse jeito alegre de ser, de se ocupar, de correr.
Andar na praia durante o pôr do sol, noites em claro. Orgulho e medo numa combinação sensual. Sem sal.
Poetisa, musa e calada. Você na escada, correndo pro banho de vento, limpando a alma, voando baixo, com medo de altura.
É muita lenha na fogueira, papel rasgado e saco plástico. É fome, é frio, é sono. É vinho.
Caindo da beirada, você se segura? Quem te segura, mulher? Quem te põe rédeas? É essa casa?
Não dá. É muita liberdade…
Para minha amiga Lu, que está com dificuldades para subir suas novas paredes...
2 comentários:
Olhas só, penso que isso é legal pra pensar: quem te põe rédeas? Quem nos põe rédeas? Nós, os outros, os outros em nós. É que tem uma hora na vida que já não sabemos mais. E temos medo de ir, de ficar, não sabemos como ou não queremos mesmo. Complicado isso... romper as paredes grossas da nossa estrutura... complicado viver com medo que elas se rompam, complicado querer que elas se rompam e sair para o mundo. Bom... achei muito legal... desculpa se me prendi nesta parte... mas foi o que me tocou a fundo.
Pois é... eu acredito que kem põe rédeas na gente... é a gente. Pode até parecer q são as outras pessoas, mas, só qdo a gente permite q estas outras pessoas o façam.
Eu me orgulho da minha liberdade... mas tb tenho medo dela...
Tenho medo do olhar dos outros pra ela, pra mim.
Mesmo assim, eu sinto que devo enfrentar esse medo e nunca deixar de lado essa minha liberdade. Por nada, por ninguém.
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