terça-feira, abril 29, 2008

DESEJO


Do osso, a pele grudada.

Da confusão, que se decida!

Quando a noite pergunta, peço-lhe o sol.

Da insegurança, quero que não me faça perguntas.

Da insegurança, que confie em mim.


Da tristeza, preciso do sorriso.

E, quando acordo, o sonho.

No meio do deserto, quero seu oásis.

Na falácia, busco as verdades,

como se houvesse, nas entrelinhas...


Da mudez, quero as palavras,

poesia e melodia.

Da apatia, desejo o ímpeto.

No medo, quero a coragem.

Da ocupação, os seus horários...


Olha para mim sem enxergar nada,

ouça minha voz e não me escute,

atropele enfim os meus caminhos,

pois, quando amo,

desejo nada menos que o seu impossível.

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