Muitas e muitas vezes já me percebi contraditória. O tempo todo, para ser mais sincera. Tento conciliar os sentidos opostos que aqui têm morada e surge: este serzinho que não sabe se dá mais atenção às aulas de técnica vocal de heavy metal, ou ao doutorado em ensino de ciências da Terra. Se, na quinta-feira à noite, vai para o treino de basquete, se matar de correr, ou para o bar, fumar, beber e arrumar uma vítima para comer o cérebro. E se, na hora de ir ao banheiro, leva um gibi da turma da Mônica, ou Crime e Castigo...
gato ou cachorro...
preto ou branco...
Já é difícil quando as contradições são minhas: características malucas e opostas que ficam jogando pingue-pongue com a minha vida. Pior ainda é quando dois lados opostos escolhem dois caras opostos para a tansa aqui se interessar...
É que eu andava me curando de amores marcantes, sonhando com amores distantes, enfim, sozinha aqui, apenas com as minhas contradições... e elas, de repente, me dão um encontrão na semana passada, materializadas em prováveis “homens da minha vida”...
Sou eu, estampada no motoqueiro doidíssimo, que dorme muito tarde, toma muita cerveja e fala muita abobrinha com os amigos no bar. Uma jaqueta de couro e caveiras, pra assustar o vento quando sonha com estradas sem objetivos, a não ser o de seguir. E, se não houver amanhã, pouco importa. Porque hoje, eu vou beber e dançar e trepar até me esbaldar, voando em duas rodas, até onde der. E amando o caminho.
Um desespero calmo.
E sou eu, no professor que quer mudar o mundo, impregnado de uma ideologia cristã bobinha de paz, igualdade e... Paulo Freire, lindo, questionando regras sociais tão injustas. Buscando explicações filosóficas pra esse vazio aqui dentro, que dói e, por isso mesmo, leva a gente adiante. Quero entender o prazer que sinto, ao ver que o Marx já achava isso que eu acho! E que Garcia Márquez não deve ser lido, mas que tenho que transar com as suas histórias.
Uma calma desesperada.
Quando um ouve blues, entende que cada toque é numa parte do corpo diferente. Fecha os olhos e sente.
E, quando o outro ouve hard rock, sabe que cada batida é um motivo para se balançar descontroladamente e desabar ao fim da música.
Uma boca é tão larga e carnuda e macia e... eu quero ela por todo meu corpo!
E um olhar quase obsceno, que só me faz pensar em sexo, mesmo nos momentos mais sérios.
Jeitos de amar tão diferentes e bons que... não dá!
Não dá, meu!
São duas vidas lindíssimas e atrativas de formas tão completamente diferentes que fica difícil escolher. É como negar um pedaço meu...
Por que eles não se encostam e viram um só?
gato ou cachorro...
preto ou branco...
Já é difícil quando as contradições são minhas: características malucas e opostas que ficam jogando pingue-pongue com a minha vida. Pior ainda é quando dois lados opostos escolhem dois caras opostos para a tansa aqui se interessar...
É que eu andava me curando de amores marcantes, sonhando com amores distantes, enfim, sozinha aqui, apenas com as minhas contradições... e elas, de repente, me dão um encontrão na semana passada, materializadas em prováveis “homens da minha vida”...
Sou eu, estampada no motoqueiro doidíssimo, que dorme muito tarde, toma muita cerveja e fala muita abobrinha com os amigos no bar. Uma jaqueta de couro e caveiras, pra assustar o vento quando sonha com estradas sem objetivos, a não ser o de seguir. E, se não houver amanhã, pouco importa. Porque hoje, eu vou beber e dançar e trepar até me esbaldar, voando em duas rodas, até onde der. E amando o caminho.
Um desespero calmo.
E sou eu, no professor que quer mudar o mundo, impregnado de uma ideologia cristã bobinha de paz, igualdade e... Paulo Freire, lindo, questionando regras sociais tão injustas. Buscando explicações filosóficas pra esse vazio aqui dentro, que dói e, por isso mesmo, leva a gente adiante. Quero entender o prazer que sinto, ao ver que o Marx já achava isso que eu acho! E que Garcia Márquez não deve ser lido, mas que tenho que transar com as suas histórias.
Uma calma desesperada.
Quando um ouve blues, entende que cada toque é numa parte do corpo diferente. Fecha os olhos e sente.
E, quando o outro ouve hard rock, sabe que cada batida é um motivo para se balançar descontroladamente e desabar ao fim da música.
Uma boca é tão larga e carnuda e macia e... eu quero ela por todo meu corpo!
E um olhar quase obsceno, que só me faz pensar em sexo, mesmo nos momentos mais sérios.
Jeitos de amar tão diferentes e bons que... não dá!
Não dá, meu!
São duas vidas lindíssimas e atrativas de formas tão completamente diferentes que fica difícil escolher. É como negar um pedaço meu...
Por que eles não se encostam e viram um só?
2 comentários:
e se formos igualmente apenas uma parte na dualidade do outro...?
eu acho que somos, na verdade!
e tb que acabei tornando as diferenças entre os dois... e entre estes dois meus lados muito maior do que realmente são!!! assustadoramente, olhando mais de perto... eles são bem mais parecidos do que eu imaginava... acho que exagerei na primeira impressão.... e, talvez... essa dualidade que enxergo em mim não seja tão contraditória assim...
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