Nem ouvir a tua voz... nem saber dos teus amores, nem lembrar do seu rosto, ver a sua imagem ao meu lado, ou conversar bobagens nesses entremeios de vida... nada, nada, me afeta mais tanto.
Mas suas músicas, estas me afetam para sempre. Mesmo as alegres, as bobas, algumas tristes, que me doem cada centímetro de unhas enfiadas nas minhas próprias mãos.
Quando ouço aqueles gritos ritmados, também em mim reside a vontade de me transfigurar em um único, forte, agudo que percorra todas as distâncias.
Se músicas fossem inocentes, elas não me machucariam mais do que as suas palavras. Suas palavras não me machucam mais...
Mas suas músicas, estas me afetam para sempre. Mesmo as alegres, as bobas, algumas tristes, que me doem cada centímetro de unhas enfiadas nas minhas próprias mãos.
Quando ouço aqueles gritos ritmados, também em mim reside a vontade de me transfigurar em um único, forte, agudo que percorra todas as distâncias.
Se músicas fossem inocentes, elas não me machucariam mais do que as suas palavras. Suas palavras não me machucam mais...
me desarma com um sorriso e eu ouço...
as músicas, feridas deliciosas, auto-torturas que eu me inflijo, sem parar, sangrando, rodando aqueles cds, sem parar. Cantando, assobiando, ou apenas escutando mentalmente uma seleção automática dos meus desejos mais profundos.
Elas me trazem uma saudade cruel, que não é nem de você, nem de um tempo, nem de um lugar nem de nada que existe de verdade, nenhuma categoria física, mas de tudo que me cerca e eu não conheço, mas amo e sinto falta. Falta, falta!
Falta sempre um refrão, falta uma estrofe, um acorde, um arrepio de um gato que passa correndo por trás do muro, que eu procuro sentir enquanto passo as faixas para frente e para trás, repito algumas, pulo outras.
As melodias me tocam, ora suave, ora forte, ora nunca. Sempre, como um vício.
Em que lugar do céu as músicas tocadas vão repousar depois de tangenciar meu conforto, me tornando tão desconfortavelmente confortada? Elas se perdem, em ondas, para serem ouvidas pra sempre por ouvidos de outras dimensões?
Não...
Ecoam pelo universo e voltam a me incomodar, vez ou outra, cravadas que estão, na verdade, num lugar muito mais difícil, escondido, no labirinto que sou eu mesma...
Será que é a sua memória que ainda me afeta ou elas não são, de forma alguma, inocentes?
(talvez você esteja gravado na memória delas)
Amantes extraordinárias e fugidias: por isso a saudade. Nasceram, sem que seus compositores percebessem, para nos deixar momentaneamente perplexos e assombrados, entretidos e detidos, perdidos para sempre na suspensão daquelas notas.
Não há nada de inocente nos inocentes arranjos que agora me acariciam. Provocam tantas mudanças e inquietações que deveriam estar presos.
E estão...
Em mim. Em você.
Estamos, para sempre, atados,
as músicas, feridas deliciosas, auto-torturas que eu me inflijo, sem parar, sangrando, rodando aqueles cds, sem parar. Cantando, assobiando, ou apenas escutando mentalmente uma seleção automática dos meus desejos mais profundos.
Elas me trazem uma saudade cruel, que não é nem de você, nem de um tempo, nem de um lugar nem de nada que existe de verdade, nenhuma categoria física, mas de tudo que me cerca e eu não conheço, mas amo e sinto falta. Falta, falta!
Falta sempre um refrão, falta uma estrofe, um acorde, um arrepio de um gato que passa correndo por trás do muro, que eu procuro sentir enquanto passo as faixas para frente e para trás, repito algumas, pulo outras.
As melodias me tocam, ora suave, ora forte, ora nunca. Sempre, como um vício.
Em que lugar do céu as músicas tocadas vão repousar depois de tangenciar meu conforto, me tornando tão desconfortavelmente confortada? Elas se perdem, em ondas, para serem ouvidas pra sempre por ouvidos de outras dimensões?
Não...
Ecoam pelo universo e voltam a me incomodar, vez ou outra, cravadas que estão, na verdade, num lugar muito mais difícil, escondido, no labirinto que sou eu mesma...
Será que é a sua memória que ainda me afeta ou elas não são, de forma alguma, inocentes?
(talvez você esteja gravado na memória delas)
Amantes extraordinárias e fugidias: por isso a saudade. Nasceram, sem que seus compositores percebessem, para nos deixar momentaneamente perplexos e assombrados, entretidos e detidos, perdidos para sempre na suspensão daquelas notas.
Não há nada de inocente nos inocentes arranjos que agora me acariciam. Provocam tantas mudanças e inquietações que deveriam estar presos.
E estão...
Em mim. Em você.
Estamos, para sempre, atados,
apaixonados...
pelas nossas músicas.
2 comentários:
Let me roll it..
não provoca... tu sabe q eu deixo...
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