terça-feira, junho 19, 2007

não chorei ainda

Desculpa não ter ido sábado.
Eu entrei no carro, arrumada. Liguei a chave e guardei o carro de volta na garagem. Tava aborrecida.
Fiquei vendo boxe feminino na tv.
É que as poesias andaram me enlouquecendo.
Bah! Desculpa mesmo, mas eu nem tava tão louca pra conhecer alguém assim...
(Isso é raro).
Fala pro seu amigo que ele vai ter que esperar passar essa crise.
(Mas, estou gostando).
Ué! Porque não tenho que provar nada pra ninguém, muito menos pra mim mesma.
Quando eu melhorar volto pra noite. Assim, ó!
(plec!)
Obrigada, mamãe também acha.
Não, não. A poesia não deu sinal de vida.
Sei lá.
Porque não deu, oras!
Se eu soubesse o porquê era porque ela teria dado algum, né?
(Professor mais tanso que eu arrumei...)
Ah! Nem vem! Você nem tem porque chorar!
Eu? Eu tenho sim...
Mas, não choro!
Não chorei ainda!
Meu deus, homem reclama de tão pouco...
Unha encravada...
Doendo tava era a lagartixa que a minha gata tava mastigando e engolindo viva, junto com o meu bom-humor de segundas-feiras.
Não sei se eu salvava ou deixava minha gata brincar mais um pouco, pra matar logo.
Salvei! Lógico!
Ah meu, eu odeio esse meu coraçãozinho mole. Tenho vergonha dele!
Por que? Porque ele me deixa fraca perto dos outros!
É ruim sim, porque os outros se aproveitam.
Olha ela aí em cima de novo: a vítima.
Também!
Porque eu odeio me sentir vítima. E me sinto, sempre: completamente injustiçada...
Como, “por quem”? Pela vida, oras.
Pela vida, pelo destino, por deus, você escolhe. Pelos acasos e pelos casos.
Não é que eu seja, é que não consigo evitar o sentimento!
Se sentir vítima é se sentir culpada, entende?
O ritmo? É pra compensar meu descompasso na contradança da vida.
Então! E aquela esperança mórbida que a gente sente por não se conformar com um belo "não, obrigada, eu não te desejo" fica fazendo círculos em volta da minha cabeça como as mosquinhas das quintas-feiras do outro texto!
É que... é que...
quando eu assumo e escrevo no papel, do exato tamanho que elas são... não mais do que dez palavras... pequeninas, cruas...
Eu vou ficando cada vez mais... anestesiada.
Então boa noite, porque amanhã tenho que levantar cedo.
Tá bom, é mentira, mas estou com sono assim mesmo.

4 comentários:

Anônimo disse...

Virou vício passar aqui... ler o que nunca vou poder escrever

Pandora disse...

não vai poder pq? kebrou os dedos?
se liga gata. demorou...

Anônimo disse...

ó. Esse anônimo aí em cima não sou eu não viu cabeça?!

Pandora disse...

eu sei!!!!
já aprendi a reconhecer... ehheheh