Maldita evolução. Maldita capacidade de abstração, imaginação e invenção, que permitem meu cérebro transformar fatos em sonhos e devaneios. Não seria ruim se pudesse recriar apenas os sonhos. Mas você, você me faz criar desejos que nunca sairão das minhas fendas sinápticas. Nunca serão efetivamente ações, quero dizer suas ações. Apesar de saber disso continuo...
Permito que meus neurônios produzam e reproduzam sensações que um dia existiram (de verdade), que um dia o tempo e o vento levaram, junto com a calma da minha mente e a paz do meu coração. Agora vivo fazendo remendos com as coisas que me dás...
De uma brincadeira boba faço um elogio à minha inteligência, de um abraço meio sem jeito, faço um “te quero pra mim”. De um afago nos cabelos faço uma declaração de amor. E quando me mostras a língua como uma criança mal criada leio o desejo de um beijo, ardente como aqueles, de antes, de sempre (na minha mente).
Permito que meus neurônios produzam e reproduzam sensações que um dia existiram (de verdade), que um dia o tempo e o vento levaram, junto com a calma da minha mente e a paz do meu coração. Agora vivo fazendo remendos com as coisas que me dás...
De uma brincadeira boba faço um elogio à minha inteligência, de um abraço meio sem jeito, faço um “te quero pra mim”. De um afago nos cabelos faço uma declaração de amor. E quando me mostras a língua como uma criança mal criada leio o desejo de um beijo, ardente como aqueles, de antes, de sempre (na minha mente).
Um comentário:
A verdade é que nunca vamos nos satisfazer somente com o outro. São as fantasias que criamos deles que nos fazem reféns... nossos textos que os descrevem... eles são apenas um espelho, onde se projetam os nossos sonhos e onde podemos enxergá-los...
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