quarta-feira, novembro 15, 2006

Salvador: um marco

Brindemos ao fato e porque não a felicidade de estar sozinha nesse momento.
De se sentir completa, única, autônoma e independente.
Brindemos a chegada desse momento especial: a chegada de EU.
Sozinha, em Salvador, num quarto de hotel, uma 4ª feira à noite, com desejos de ver pessoas, coisas, lugares distantes.
Uma sensação boa me vem ... de poder ir, de ter prazer em olhar, de ser livre para ir ou de fazer o que eu desejar. Sem amarras.
Pego um táxi e chego ao Pelourinho, deslumbrante numa roupa cor de rosa. Me sinto bonita e desejada. Os homens me olham e também as mulheres. Com e sem intenções, curiosidades, indiferença, desfaçatez ou uma potencial turista consumidora.
Sinto a cada metro o confronto das imagens desse lugar com minhas histórias de leituras nas obras de Jorge Amado. O cheiro de acarajé, de moqueca, de mijo, o lixo jogado nas ruas, a gente morena, os cortiços, a música, os sorrisos. Misteriosos sentimentos se fundem nessas memórias. Pensamentos sobre ser, sobre viver, sobre amar, sobre esse planeta tão pequeno e tão grande... Só EU e o Pelô.
Sento num bar e peço uma cerveja e petiscos. Observo o movimento e me observo com orgulho. Estou viva!
Aquela criança tímida e assustada que mora aqui dentro, brinca agora, brinca de ser gente grande e percebe que cresceu. Uma vontade imensa de continuar o caminho, olhando para os lados, sem saber o final dele. Percebe que tudo é possível, apesar dos pesares.

2 comentários:

Pandora disse...

mewuuuuuuuuuuuu!!! q texto demais!!! e q mulher linda q está aparecendo agora! q massaaaaaa!! amei muito!
só não gostei de uma coisa, desgraçada: E NADA DE CONVIDAR AS AMIGAS PRA IR PRA BAHIA, NÉ? PUTA Q O PARIU!

Leila Diniz disse...

Maravilhoso!! Fiquei arrepiada lendo esse texto e muito feliz por você também!
Quando eu crescer quero ser assim, igual à você!