Outro dia me peguei no meio de uma cena de pegação bem diferente e observei todos os passos, curtindo muito, com atenção. Nesse dia, foi bem de adolescente mesmo. E, me deu uma saudade da época em que não havia um desespero tão grande por orgasmos...
Era uma época bem boba e bem boa. Em que a gente podia dormir abraçado, sem rolar nada. Mesmo que tivesse acabado de conhecer o cara e arrastado ele pra sua casa. Porque, hoje em dia (leia-se: na minha idade), se a gente fizer isso é capaz de ouvir “porra mina, se você não ia dar pra mim, por que me tirou da balada? Eu poderia faturar outra foda!”, ou algo do gênero.
Estávamos eu e a vítima no sofá da sala, em casa, assistindo tv... nós nos conhecíamos há pouco tempo. E era a primeira vez que ficávamos sozinhos, sem os nossos amigos intermediários ao redor...
A cena é incrível: os dois não tiram os olhos da tv nem por um instante. Não se olham. Não conversam. Os corações são ouvidos a quilômetros, em disparada.
Era uma época bem boba e bem boa. Em que a gente podia dormir abraçado, sem rolar nada. Mesmo que tivesse acabado de conhecer o cara e arrastado ele pra sua casa. Porque, hoje em dia (leia-se: na minha idade), se a gente fizer isso é capaz de ouvir “porra mina, se você não ia dar pra mim, por que me tirou da balada? Eu poderia faturar outra foda!”, ou algo do gênero.
Estávamos eu e a vítima no sofá da sala, em casa, assistindo tv... nós nos conhecíamos há pouco tempo. E era a primeira vez que ficávamos sozinhos, sem os nossos amigos intermediários ao redor...
A cena é incrível: os dois não tiram os olhos da tv nem por um instante. Não se olham. Não conversam. Os corações são ouvidos a quilômetros, em disparada.
De repente, uma mão esbarra na minha. Mas esbarra rápido e volta pro lugar. Instinto-resposta imediato: minha mão se mexe um pouco na direção da dele. O impressionante é que nenhum dos dois olha a cena, mas sabe que aconteceu. Eu não olhei pro lado, mas sabia exatamente onde estava a mão dele. Ele também não olhou, mas percebeu que a minha se mexeu pra perto da dele.
Após alguns segundos disfarçando, a mão dele encosta na minha. Meu coração parece sair pela garganta, mas eu nem pisco! A partir deste instante, não existe mais filme, tv, sala, nem nada, mas meu olhar não desvia do ponto remoto onde, um dia, houve uma televisão. E nem o dele...
Aguardo alguns instantes e encosto minha mão um pouco mais. Ele retribui. Eu de novo. E ele pega a minha mão.
Está o maior frio do mundo, e eu suo, derreto, estou vermelha, com vontade de jogar o cobertor que esconde todo esse jogo pela janela. Mas... que janela? Você não sabe nem onde está a parede!
As mãos já se encontraram, se acariciam. E você querendo gritar muito de felicidade, querendo ligar pra todas as suas amigas e contar pra elas sobre o calor que você está sentindo, como seu corpo todo treme, exceto sua mão que está enlaçada na dele, firme, forte e disfarçando todo esse furacão que percorre o resto do seu corpo. Aí você cai em si e pensa: “ligar pra minhas amigas? Eu quero é pular em cima desse cara e beijá-lo a noite toda!”.
Você olha pro lado, dá um sorrisinho tímido. Que é retribuído. Aí você sabe que já está tudo certo.
A mão dele solta a sua e começa a abusar do seu braço. Você se arrepia toda. Já não tem mais noção do prédio. Parece que estão perdidos em alguma praia linda, ou no meio de nuvens, flutuando apaixonados. Que ridículo. Que bom.
Aguardo alguns instantes e encosto minha mão um pouco mais. Ele retribui. Eu de novo. E ele pega a minha mão.
Está o maior frio do mundo, e eu suo, derreto, estou vermelha, com vontade de jogar o cobertor que esconde todo esse jogo pela janela. Mas... que janela? Você não sabe nem onde está a parede!
As mãos já se encontraram, se acariciam. E você querendo gritar muito de felicidade, querendo ligar pra todas as suas amigas e contar pra elas sobre o calor que você está sentindo, como seu corpo todo treme, exceto sua mão que está enlaçada na dele, firme, forte e disfarçando todo esse furacão que percorre o resto do seu corpo. Aí você cai em si e pensa: “ligar pra minhas amigas? Eu quero é pular em cima desse cara e beijá-lo a noite toda!”.
Você olha pro lado, dá um sorrisinho tímido. Que é retribuído. Aí você sabe que já está tudo certo.
A mão dele solta a sua e começa a abusar do seu braço. Você se arrepia toda. Já não tem mais noção do prédio. Parece que estão perdidos em alguma praia linda, ou no meio de nuvens, flutuando apaixonados. Que ridículo. Que bom.
Aí ele se vira pra você, passa a mão no seu cabelo, no seu rosto. E você se vira pra ele. E se derrete. E ele te abraça. E você quer morrer de amor.
Estúpida.
Enfim, após toda essa enrolação, ele te beija.
Aquele beijinho suave, no cantinho da boca, e você está no céu. Beijinhos, selinhos bobos. E, nesta hora de êxtase, não importa se o mundo vai explodir na terceira guerra mundial. Ele é tudo. Você também. E estão os dois ali, juntos. A fome no mundo praticamente acabou... não há mais espécies em extinção pra se preocupar. E efeito estufa é intriga da oposição...
Os abraços começam a ficar mais apertados, mais fortes. E você morre de tesão só de encostar seu corpo contra o dele.
Estúpida.
Enfim, após toda essa enrolação, ele te beija.
Aquele beijinho suave, no cantinho da boca, e você está no céu. Beijinhos, selinhos bobos. E, nesta hora de êxtase, não importa se o mundo vai explodir na terceira guerra mundial. Ele é tudo. Você também. E estão os dois ali, juntos. A fome no mundo praticamente acabou... não há mais espécies em extinção pra se preocupar. E efeito estufa é intriga da oposição...
Os abraços começam a ficar mais apertados, mais fortes. E você morre de tesão só de encostar seu corpo contra o dele.
Porque esse ritual demora horas. E amplifica em mil vezes o efeito de cada toque.
E, a surpresa final: ao invés de a gente transar enlouquecidamente, pra, no dia seguinte eu avisar pra ele que o ônibus dele está saindo (pra quem não sabe, esse é o meu jeito delicado de falar “já te comi e não sei o que você ainda tá fazendo aqui em casa”), a gente começa a conversar... e, a gente descobre que um acha o outro muito legal. E a gente dorme abraçado... e acorda e toma café da manhã juntos.
E, a surpresa final: ao invés de a gente transar enlouquecidamente, pra, no dia seguinte eu avisar pra ele que o ônibus dele está saindo (pra quem não sabe, esse é o meu jeito delicado de falar “já te comi e não sei o que você ainda tá fazendo aqui em casa”), a gente começa a conversar... e, a gente descobre que um acha o outro muito legal. E a gente dorme abraçado... e acorda e toma café da manhã juntos.
E, esse dia... foi tão emocionante quanto orgasmos múltiplos... não transar também é bem legal.
3 comentários:
É tb acho que n transar é legal (desde que o que está no sofá seja seu pai ou seu irmão) hehehhehehehe. To zoando... sua florzinha dos infernos, mas acho isso tb (quer dizer, só as vezes)
po gata! mas é legal! esse dia foi tão massa! Apesar de não ter dado certo, eu lembro desse cara com o maior carinho... e eu sinto falta de caras que entram em casa e não vão enfiando logo as mãos nos meus peitos... apesar de tb achar esses bons! é q depende do dia, do q vc pensou, do q vc tá a fim, né? como já dizia o sábio Jaçanã... huauhauhahu! sempre conte com o inesperado! o inesperado é realmente muito bom...
Além de lindo esse texto é paradidático! Posso usá-los em aulas de biologia?
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